10/03/2018. Loja - Cuenca. "A estrada continua tortuosa pelos altos das montanhas.O deserto ficou para trás. Agora as paisagens são de um verde exuberanteentremeada por neblinas. A temperatura na estrada durante esse percurso variouentre 14 - 18 graus.
Logo depois que nos alojamos fomos fazer um tour pela cidadede Cuenca em um ônibus de turismo. Fazemos sempre esse tipo de tour bem como oFree Walk Tour para darmos uma "geral" na cidade e só depois conhecermais amiúde as atrações turísticas. O interessante nessa cidade é que aarquitetura do seu centro histórico tem uma mistura de prédios coloniais erepublicanos e muito pouco da cidade inca de Tomebamba sobre a qual está soerguida.Os famosos chapéus Panamá são produzidos em Cuenca e não no Panamá.”
11/03/2018 – Cuenca "Pela manhã fomos visitar o mercado público ondeconhecemos um pouco da comida daqui. Vimos uma churrasqueira especial paraassar o Cuy, um roedor grande, parecido com o nosso Preá, que é muito apreciadoaqui. Vimos também algumas verdurase frutas que são da gastronomia Equatoriana. Depois pegamos a moto e fomos conhecer o ParqueNacional Cajas, distante 25 quilômetros de Cuenca. Lá subimos pela estrada atéo ponto três Cruzes a 4.166 m da altitude onde tem um mirante, atemperatura estava a 8° C e bem menos a sensação térmica, pois estava ventandomuito. Nesse local é costume as pessoas colocarem pedras nas três cruzes quemarcam o local onde três viajantes morreram de frio. Também é onde se divide asaguas da cordilheira dos Andes para ocidente e oriente. Nesse parque aindaencontramos lhamas selvagens, mas bem dóceis. Findamos o dia num restaurante àbeira da estrada e de um rio que desce do parque onde há pesca esportiva, comochamam aqui o pesque e pague.”
12/03/2018 Cuenca - Alausi. "Quando estávamos arrumando a moto em frente ao hotelem Cuenca conhecemos o Carlos, músico, professor universitário e motociclista.Conversamos bastante sobre o Equador e viagens de moto. O trecho para Alausífoi curtinho, menos de 100 quilômetros, mas metade dele foi dentro de nevoeirosfortes e fracos. No caminho paramos para comer umas cachapas, um tipo defritada de milho. Estamos indo pela serra central, portanto, frio, curvas e baixa velocidade serão uma constante. Na estrada vimos como assam porcospor todo lugar. Amarram o porco inteiro numa coluna para que sejam vistos eassim inteiro em uma churrasqueira própria são assados e as pessoas compram aspartes que querem. Chegamos cedo a Alausícom a temperatura ambiente em torno dos 15°C. Depois que nos instalamos, fomospassear a pé pela pequena cidade. Uma das cidades onde mais observamos mulherestipicamente vestidas. Pudemos ver lojas de roupas e mantimentos produzidos pelopovo local. Primeiro fomos à estaçãoferroviária para nos inteirarmos do passeio ao Nariz Del Diablo que faremos nodia seguinte. Depois visitamos a ponte negra, uma ponte da linha férreaque foi construída a mais de 100 anos, tem 200 metros de extensão por 65 dealtura. Ficamos impressionados com o tamanho dos dormentes. Em seguidafomos ver o monumento à liberdade localizada na mesma Praça da Igreja matrizconstruída toda de pedra. No caminho de volta para o hotel paramos paradar uma olhada no relógio público, colocado num campanário em 1908. Só existem quatrorelógios desses no mundo, Argentina, República Checa, Alemanha e Equador(Alausí). À noite comemos arepas, pra matar saudades da casa da minha mãe, masas delas ainda são mais gostosas!
13/03/2018 Alausí. "Pela manhã cedo fomos à estação ferroviária de Alausí.Pegamos o trem turístico para El Nariz Del Diablo. Chama-se assim essa formaçãorochosa, porque além de ter uma vaga lembrança da forma de um nariz, foi otrecho mais difícil da construção da ferrovia devido o acentuado desnível eporque também morreram muitos trabalhadores nessa empreitada. Os vagões dessetrem são todos em madeira e foram construídos no início do século passado. Podíamos abrir as janelas e olhar pra fora dela! Voltamos no tempo!Atendimento do pessoal da ferrovia excelente, o profissionalismo também. Nessepasseio, o trem desceu de 2300 metros acima do nível do mar, para 1400 metros,em pouco mais de 12 quilômetros. Essa proezasó foi possível, devido à engenhosa construção dos trilhos em zig-zag. O tremvai de frente e depois de ré descendo a encosta. Não sou engenheiro, mas acheiuma proeza construir isso no começo do século passado! Se fosse hoje, com atecnologia disponível, seria muito fácil! Na estação do Nariz Del Diablo houveapresentações de danças indígenas e aproveitamos para comer um comida típica daregião feita com farinha de milho, linguiça, ovos e outros ingredientes, tudomexido, como uma farofa de cuscuz molhada. Quandovoltamos, pegamos a moto e fomos pela pan americana uns 40 km ao sul, até ummirante de onde podia se ver do alto a montanha nariz del Diablo e a estação detrem que estivemos a pouco. Vista deslumbrante e certeza de um grande desafiode engenharia vencido para aqueles tempos!!
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14/03/2018. Alausí aQuito. "Pegamos a estrada e continuamos a subir a montanha. Achoque subimos ainda uns 800 - 900 metros de altitude a partir de Alausí, pois atemperatura quando saímos era 17,5°C e baixou rapidamente para 11,5°C no altoda montanha. Pelos meus cálculos, com base na variação da temperatura, chega a uns900 metros. Dessa forma, a altitude deveria estar entre 3.000 a 3.300 metrosacima do nível do mar. A Kalanga quase não sente a altitude , graças ao seu módulo de comando que faz a mistura corretaar/gasolina, conforme a temperatura e pressão atmosférica. Perfeito! Depois de subirmos a serra, a estrada melhorou. Ascurvas são mais suaves e retas começam a aparecer. Essa estrada é conhecidacomo Caminho dos vulcões. Quando estávamos próximo a Quito, desviamos o caminhopara visitar o vulcão Cotopaxi, no parque nacional do mesmo nome. Para nossasurpresa fomos impedidos de entrar com a moto. Somente de carro poderíamos. Fuisaber o porquê na administração do parque, já que isso é uma forma aberrante dediscriminação e a resposta que me deram é que antes as pessoas entravam com asmotos e iam fazer trilhas pelo parque. Eu respondi dizendo que lastimava aincompetência deles em controlar a atividade dos turistas e que preferiram seutilizar daquele adágio em que se mata o paciente para debelar a doença.Fazer o que? Demos meia volta e seguimos para Quito. Ao chegarmos no hotel em Quito, a primeira coisa quevimos foram bombas de oxigênio em miniatura. Acreditem é útil para muitaspessoas."
Fotos: 000-2 Dream It, Do It. Uma volta ao mundo. América do Sul PARTE III |
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