13-14/02/2018. San Pedro de Atacama. "Não deu para ficarmos no hotel que dormimos e tivemos que mudar para outro e com muita dificuldade encontramos, o bom é que era quase metade do preço do primeiro. Com isso perdemos muito tempo e só depois das 13h é que pudemos sair para ver alguma coisa. Pegamos a moto e fomos ao Valle de La Luna, na base da Cordillera de la Sal. Nele visitamos cavernas cheias de sal impregnadas nas rochas, dunas com mais de 100 metros de altura e minas de sal gema abandonadas. O chão branco de sal dos vales pareciam neve. Ao voltarmos fomos ao Valle de La Muerte, também na Cordillera del Sal. Esse vale, com pequenos cânions, nos leva a dunas imensas. Nunca tinha visto dunas de areia tão altas! É claro que não subimos nela! Voltamos já com o dia escurecendo. No dia 14 acordamos muito cedo e esperamos a jardineira 4x4 da empresa de turismo que contratamos para nos pegar no hotel às 5:30 e nos levar para os famosos Geyser del Tatio. São gêiseres que eclodem no alto da cordilheira de Los Andes, a mais de 4.300 metros de altitude. Eles explodem quando a água gelada encontra o magma vulcânico. Esse fenômeno é só no começo da manhã, quando a temperatura ambiente está próxima a zero. Havia a possibilidade de o caminho para os Géiser estar fechado, mas com a empresa que fomos, isso não acontece! Eles tem um caminhão gigante que passa por todos os caminhos. Depois de visitarmos os gêiseres a companhia de turismo nos serviu um lauto café da manhã feito no meio da reserva ecológica. Show!?? Na volta paramos na pequena cidade indígena Muchuca e depois no belo cânion Guatin onde tiramos várias fotos. Ao chegarmos em San Pedro de Atacama, pegamos a moto e fomos em busca da Laguna Cejar, no Salar de Atacama,uma lagoa super salgada mas para nossa decepção o acesso estava fechado devido as águas das últimas chuvas não terem secado. Nessa região as estradas são de argila e pedra e qualquer chuvinha as tornam intransitáveis. Voltamos e encontramos uma espécie de cratera com várias pessoas tomando banho. É lógico que paramos e fomos tomar um banho no meio desse deserto salgado! Depois soubemos que aquele "oásis" foi fruto de perfurações petrolíferas infrutíferas!! Ao voltarmos para San Pedro de Atacama, propositadamente saímos do caminho e nos"perdemos" pelas trilhas do deserto. Chegamos em San Pedro de Atacama no final do dia, jantamos e fomos dormir para um amanhecer de novos caminhos!!!”
San Pedro de Atacama. "We could not stay in the hotel we slept and we had to change to another and withgreat difficulty we found, the good thing is that it was almost half the price of the first. With that we lost a lot of time and it was only after 1:00 pmthat we could go out and see something. We took the bike and went to Valle deLa Luna, at the base of the Cordillera de la Sal. In it we visited caves full of salt impregnated in the rocks, dunes more than 100 meters high and abandoned salt mines. The white salt floor of the valleys looked like snow. On our return we went to Valle de La Muerte, also in the Cordillera del Sal. This valley, with small canyons, takes us to immense dunes. I have never seen sand dunes so high! Of course we do not climb on it! We came back with the day already darkening. On the 14th we woke up very early and waited for the 4x4 gardener from the tour company we hired to pick us up at the hotel at 5:30 and take us to the famous Tatio Geyser. They are geysers that hatch at the top of the Andes, at more than 4,300 meters of altitude. They explode when the ice water meets the volcanic magma. This phenomenon is only in the early morning when the ambient temperature is close to zero. There was a possibility of the way forthe Geysers to be closed, but with the company we went to, this does no thappen! They have a giant truck that goes through all the roads. After visiting the geysers the tour company served us a lauto breakfast made in the middle ofthe ecological reserve. Show! On the way back we stopped at the little indigenous town of Muchuca and then in the beautiful Guatin Canyon where wetook several photos. When we arrived in San Pedro de Atacama, we took the bikeand went in search of the Cejar Lagoon, in Salar de Atacama, a super salty lagoon but to our disappointment the access was closed because the waters ofthe last rains had not dried. In this region the roads are of clay and stone and any rain makes them impassable. We came back and found a kind of craterwith several people bathing. Of course we stopped and went to take a shower in the middle of this salty desert! Then we learned that this "oasis" was the fruit of fruitless drilling! When we return to San Pedro de Atacama, we purposely get out of the way and "get lost" on the desert trails. We arrived in San Pedro de Atacama at the end of the day, had dinner and went to sleep for a dawn of new ways !!!”
História: San Pedro de Atacama é uma comuna da província de El Loa, localizada na Região de Antofagasta, Chile. Possui uma área de 23.438,8 km² e uma população de 1.938 habitantes (2002). Localiza-se a 2.400 metros de altitude. Por ser um lugar ímpar numa região inóspita como o Atacama, é denominada de oásis de San Pedro de Atacama. Originalmente um centro de parada para os colonizadores espanhóis, originou-se a partir de sua Igreja de San Pedro, construída pelos jesuítas espanhóis no início do século XVIII. Apesar dos esforços do Governo chileno, esse local permanece ainda hoje como um lugarejo bem aprazível no deserto do Atacama. Foi o principal centro da cultura atacamenha, e atualmente é um grande centro turístico no Atacama.
15/02/2018. San Pedro de Atacamaa Iquique. "Deixamos San Pedro de Atacama, uma cidade confusa, ruas de argila,poeirenta, entupida de turistas que chegam e partem a toda hora e feita paraexplorar literalmente o turista. Tudo é caro e difícil. Se não fosse por suas grandes belezas naturais, não compensava ir para lá. Fomos para o litoral via Calama pela ruta 24. Essa estrada, depois da cidade de Chuquicamata até Iquique é praticamente um retão interminável cortando o deserto árido. Nessa região, vê-se muitas minas. Alias, o Chile também devia chamar-se de "Minas Gerais", tamanha quantidade de minas que tem. Depois de Chuquicamata seguimos por uma enorme descida, que é um retão só, algo como uns 50 km. Nesse trecho a Kalanga chegou a fazer 32 km/l a 110-120 Km/h. Chegamos cedo em Iquique que é uma das maiores zona franca da América do Sul e demos um pulinho na ZOFRI (zonafranca) para procurar um GPS, pois o meu resolveu não funcionar mais. Talvez eu não tenha sabido procurar, mas o que achei, era mais caro que no Brasil. Não comprei o GPS e resolvi viajar apenas com o velho e confiável mapa em papel. Fomos jantar num pequeno restaurante perto do hotel onde encontramos um trio de motociclistas argentinos que estavam voltando do Peru.”
"We leave San Pedro de Atacama, a confused city, streets of clay, dusty, clogged with tourists who arrive and depart at all hours and made to literally explore the tourist. Everything is expensive and difficult. If it were not for hisgreat natural beauty, he could not afford to go there. We went to the coast via Calama on route 24. This road, after the city of Chuquicamata to Iquique is practically an interminable retreat cutting the arid desert. In this region, one sees many mines. Alias, Chile should also be called "General Mines", so many mines have. After Chuquicamata we follow a huge descent, which is a single retreat, something like 50 km. In this section Kalanga reached 32 km / L at 110-120 km / h. We arrived early in Iquique which is one of the largest freezone in South America and we jumped on ZOFRI (free zone) to look for a GPS, because mine decided not to work anymore. Maybe I did not know how to look, but what I found was more expensive than in Brazil. I did not buy the GPS and decided to travel only with the old and reliable paper map. We went to dinner in a small restaurant near the hotel where we met a trio of Argentine motorcyclists who were returning from Peru. "
HISTÓRIA: Iquique (pronunciação espanhola: ikike) é uma cidade portuária e comuna no norte do Chile, capital da Província de Iquique e da região de Tarapacá. Encontra-se na costa do Pacífico, a oeste da Pampa del Tamarugal, que é parte do deserto de Atacama. Tinha uma população de 180,601 de acordo com o censo de 2012. É também a comuna principal da Grande Iquique. A cidade se desenvolveu durante o auge da mineração de salitre no deserto de Atacama no século XIX. Originalmente uma cidade peruana com uma grande população chilena, foi cedida ao Chile como resultado da Guerra do Pacífico (1879-1883). Hoje é um dos dois únicos portos gratuitos do Chile.
16/02/2018. Iquique a Arica. "A praia de Iquique parece uma mini Copacabana. Muito bonita e o povo agitado está presente. Tem tudo que uma pessoa precisa numa praia, banho de água doce, sanitários, pequenos bares, etc.. No Chile, pelo que percebemos, há um costume de acampar na praia, mesmo que não tomem banho de mar, pois a água é muito fria. Vão para apreciar a beleza, molhar os pés, sentir o cheiro do mar e estar com a família e amigos. Na estrada que liga a rodovia pan americana a Iquique vimos muitas minas próximas à estrada. A medida que fomos para o norte o deserto voltou a ficar totalmente árido, com horizonte interminável e pouco tráfego. Encontramos 3 grandes descidas de 9, 17 e 20 km. Nessas descidas haviam saídas de escape para caso algum veículo perder os freios poder parar. Essas saídas são uma espécie de caixa de brita em uma ladeira inversa numa curva. Sempre víamos rastros na brita de veículos que as usaram. Nos vales encontramos belos oásis, com produção agrícola. Nesse deserto pegamos algumas rajadas fortes de vento. Uma delas quase me joga para a contra mão da estrada . Paramos em alguns miradores que tem ao longo da rodovia para tirar fotos. Numa dessas paradas passaram por nós 3 motociclistas brasileiros indo para Arica e depois Cusco. Perto de Arica avistamos uns monumentos no meio do deserto com as formas curiosas e diferentes. São as Presenciais Tutelares, que tratam da ligação dos indígenas daquela região com o cosmo. Achamos essas esculturas muito bonitas e tiramos fotos. São do escultor e ceramista chileno Juan Diaz Fleming¹ e foram construídas a mais de 20 anos. Entre Arica e as Presencias Tutelares tem uma pequena cidade que nos chamou a atenção por não ter árvores. O Chile é dividido por regiões numéricas. Chegamos em Arica, capital da XV região. É uma cidade portuária bem arrumada, mas não tem um praia bonita como as demais que passamos. Como já era noite, apenas saímos para jantar; novamente uma cazuela de pollo, para aquecer do frio.”
"The beach of Iquique lookslike a mini Copacabana. Very beautiful and the busy people are present. It haseverything a person needs on a beach, fresh water baths, toilets, small bars,etc. In Chile, as far as we can see, there is a habit of camping on the beach,even if they do not take a sea bath because the water is very cold. Go to enjoythe beauty, wet your feet, smell the sea and be with family and friends. On theroad that connects the Pan American Highway to Iquique we saw many mines nearthe road. As we went north the desert became totally arid, with an endlesshorizon and little traffic. We found 3 great descents of 9, 17 and 20 km. Inthose descents there were exhaust exits in case any vehicle loses its brakescan stop. These outlets are a kind of gravel box on a reverse slope in a curve.We always saw traces on the gravel of vehicles that used them. In the valleyswe find beautiful oases, with agricultural production. In this desert we caughtsome strong gusts of wind. One of them almost throws me on the other side ofthe road. We stopped at some viewpoints that have along the highway to takephotos. In one of these stops we passed by 3 Brazilian motorcyclists going toArica and then Cusco. Near Arica we saw some monuments in the middle of thedesert with curious and different shapes. They are the Tutelary Presences,which deal with the connection of the natives of that region with the cosmos.We found these sculptures very beautiful and took photos. They are by theChilean sculptor and ceramist Juan Diaz Fleming and were built more than 20years ago. Between Arica and the Tutelary Presences has a small town thatcaught our attention for not having trees. Chile is divided by numerical regions.We arrived in Arica, capital of XVregion. It is a neat port city, but it does not have a beautiful beach like theothers we passed. As it was already night, we only went out for dinner; again achicken casserole, to warm from the cold. "
¹ BIOGRAFIA: Díaz Fleming estudió en la Universidad de Chile, especializándose en escultura en el Departamento de Bellas Artes. Terminó su educación con un grado del Departamento de Artes Aplicadas, con el título de ceramista. Su primera ocupación fue en el centro de formación del Ministerio de Educación como profesor de Artes Plásticas. En 1983 pasó tres meses en Taiwán con una beca de formación del gobierno, aprendiendo tecnología cerámica . Otro viaje de estudios al extranjero le ocupó el año 1988 en la Universidad Complutense de Madrid, España. Al año siguiente participó en el"Encuentro Latinoamericano de Cerámica Artística" en Córdoba , celebrado en Argentina. En la actualidad es Profesor Asociado en la Universidad de Tarapacá en Arica. Díaz Fleming es el autor de de la serie de esculturas monumentales unidas bajo el título " Presencias Tutelares". Otras obras de tamaño similar, fueron instaladas en Concepción("Rucapillán") y en Copiapó ("Atacama"). Las obras de Díaz Fleming se encuentran en el Museo de Arte de Valparaíso, el Museo de Arte Contemporáneo de Santiago de Chile, en la Universidad Complutense de Madrid, el Museo de Arte Moderno en la Universidad de Santa Catalina en Florianópolis, Brasil, y en museos de Perú y Ecuador.
17/02/2018. Arica. "É conhecida como a Cidade da Eterna Primavera por causa do seu clima ameno durante todo o ano. Aqui praticamente não chove (menos de 2 mm por ano e umidade em torno de 70%). Arica está localizada na inflexão do continente sul americano, quase fronteira com o Peru, serve também como porto da Bolívia. É uma cidade acostumada com terremotos. Fomos visitar o Museu de San Miguel de Azapa onde pudemos ver objetos e múmias do povo Chinchorro que habitava essa região entre 7000 a 1500 AC. As múmias são consideradas as mais antigas já encontradas no mundo e o interessante é que eles faziam uma máscara de argila com orifícios para os olhos e nariz. Também mumificavam fetos. Ainda no museu pudemos ver uma antiga, rudimentar e enorme prensa para extrair azeite de oliva da fazenda onde hoje se encontra o Museu. Depois fomos ao Parque dos Beija flores, na verdade uma espécie de Jardim botânico feito por um empresário local, onde todas as espécies vegetais são de fora do vale e aclimatas. Esse parque encontra-se no vale azapa, vizinho a Arica e é grande produtor de hortaliças e oliveiras. Tudo irrigado com água do pequeno rio San Jose que tem suas aguas oriundas do altiplano andino, pois como disse, nessa região praticamente não chove. Visitamos a Catedral de San Marco, em frente ao nosso hotel, construída em ferro e madeira no estilo neogótico.Pequena mas muito bonita. Aproveitei o dia para dar uma geral na Kalanga, lavar, lubrificar e apertar os parafusos.”
"It is known as the City of Eternal Spring because of its mild climate all year round. Here ithardly rains (less than 2 mm per year and humidity around 70%). Arica islocated in the inflection of the South American continent, almost bordering Peru, also serves as the port of Bolivia. It is a city accustomed to earthquakes. We visited the Museum of San Miguel de Azapa where we could see objects and mummies of the Chinchorro people that inhabited this region between7000 and 1500 BC. The mummies are considered the oldest ever found in the world and the interesting thing is that they made a clay mask with holes for the eyesand nose. They also mummified fetuses. Still in the museum we could see an old,rudimentary and huge press to extract olive oil from the farm where today the Museum is. Then we went to Beija flores park, in fact a kind of Botanical garden made by a local businessman, where all plant species are from outside the valley and aclimatas. This park is in the azapa valley, next to Arica and is a great producer of vegetables and olive trees. All irrigated with water from the small river San Jose that has its waters from the Andean highlands, because as I said, in this region practically does not rain. We visit the Cathedral of San Marco, in front of our hotel, built in iron and wood in theneogothic style. Small but very pretty. I used the day to give Kalanga a general, to wash, to lubricate and to tighten the screws. "
18/02/2018. Arica (Chile) - Puno (Peru). "Tentamos sair cedo, pois a viagem prometia ser longa, mas pouco adiantou. Perdemos muito tempo na aduana Chile/Peru . É confusa e complicada. Ao entrarmos no Peru sentimos logo a diferença entre as perfeitas estradas chilenas e a colcha de retalhos e defeituosas estradas peruanas. É gritante essa diferença! Tacna é a cidade peruana logo após a fronteira. Lá simplesmente não tinha uma única placa de sinalização da ruta panamericana. Foi difícil atravessá-la! Seguimos para Moquegua por um deserto arenoso, alto e quente. Em Moquegua, paramos rapidamente para almoçar num pequeno restaurante, que para surpresa nossa, serviu o melhor ceviche que comemos até então. Logo depois de Moquegua, a subida aos andes fica mais acentuada e o deserto muda para uma vegetação rasteira e com neblina. A estrada passa a ser por cima das montanhas e em elevados planaltos. Depois de Torat até Puno são mais de 230 km que nos deu a sensação de estarmos completamente sozinhos naquele lugar, pois não havia um posto de gasolina, casa ou qualquer coisa que pudesse nos apoiar. Raramente víamos um carro. A noite foi chegando e a temperatura caiu, ficando abaixo de 3,5 °C (O termômetro da moto só marca até essa temperatura. Abaixo disso fica piscando). Paramos no meio da estrada para pegar nossa indumentária de frio e eu coloquei o cobertor de manopla na moto, que protegeu esplendidamente minhas mãos do frio intenso. Ainda bem que consigo pilotar com eles, sem que prejudiquem a pilotagem. As capas de chuva fornecidas pelo nosso patrocinador Pioneira¹ que foram feitas também para nos proteger do frio, funcionaram muito bem. Um pouco antes de Puno tem uma pequena cidade, Cutimbo e quando por lá passamos estava acabando a festa do carnaval. Havia ainda dezenas de pessoas fantasiadas pelas ruas. Chegamos exaustos em Puno após 12 horas de viagem. O hotel era muito bom e aconchegante e assim que nos viram, serviram logo um bom e quente chá de coca, enquanto nos acomodávamos.”
¹ - CAPAS PIONEIRA: http://www.capaspioneira.com.br/site/
"We tried to leave earlybecause the trip promised to be long, but it did little good. We lost a lot oftime in Chile / Peru customs. It is confusing and complicated. When we enteredPeru, we soon felt the difference between the perfect Chilean roads and thepatchwork and defective Peruvian roads. That difference is blatant! Tacna isthe Peruvian city just after the border. There he simply did not have a singlesign of the Pan-American route. It was hard to cross it! We proceed to Moqueguathrough a sandy, high and warm desert. In Moquegua, we quickly stopped forlunch at a small restaurant, which to our surprise, served the best ceviche wehad ever eaten. Just after Moquegua, the ascent to the Andes is sharper and thedesert changes into a misty undergrowth. The road becomes over the mountainsand high plateaus. After Torata, even Puno is more than 230 km away that gaveus the feeling of being completely alone in that place, because there was nogas station, house or anything that could support us. We rarely saw a car. Thenight was coming and the temperature dropped to below 3.5 ° C (the thermometeron the motorcycle only shows up to that temperature, below that it blinks). Westopped in the middle of the road to get our cold outfit and I put the mittenblanket on the bike, which splendidly protected my hands from the intense cold.It is a good thing I can ride with them, without harming piloting. Theraincoats provided by our Pioneer sponsor who were also made to protect us fromthe cold, worked very well. A little before Puno has a small town, Cutimbo andwhen we pass by we were finishing the carnival party. There were still dozensof people dressed up in the streets. We arrived exhausted in Puno after a 12hour trip. The hotel was very nice and cozy and as soon as they saw us theyserved us a nice hot coca tea while we settled in."
19/02/2018 - Puno. "Puno, com suas ruas estreitas e ladeiras, parece desorganizada, mas não é. De um lado tem o lago Titicaca e do outro, a rodoviano sopé da montanha. No centro a Praça de Armas. O povo dessa cidade parece ser trabalhador eatarefado. Sentimos que respeitam muito o turista. Praticam preços justos e avigilância da polícia está por toda parte. Aqui come-se bem e fartamente. A alpaca é prato constante em praticamente todo restaurante. E é saborosa! Nas ruas encontramos muitos toritos e motocarros, que são triciclos feitos a partir de uma moto. Usam esses pequenos veículos para tudo: transporte individual, taxi e carga. No porto lacustre, vimos ancoradas a contrabordo, dezenas,talvez centenas de lanchas de passageiros que são utilizadas para levar os turistas a passear pelo enorme e mais alto lago navegável do mundo, o Titicaca,que divide o Peru da Bolívia. Fomos de barco visitar as ilhas flutuantes de Uros que são feitas de junco. Essas ilhas distam 4 km lago adentro de Puno. Cada ilha tem um chefe da pequena comunidade de 4-5 famílias. A estrutura montada é visivelmente feita para o turista ver e sentir como eram as condições de vida e o artesanato desse povo. Tenho dúvidas se hoje em dia eles ainda vivem nessas ilhas flutuantes.... O povo peruano tem fortes características raciais. Os homens são baixos, fortes e"entroncados" e as mulheres baixas e gordas. Todos tem uma pele escura bronzeada e cabelos negros. Branco, louro e olhos azuis ainda não vi por aqui. Conversando com uma colega farmacêutica, soube que aqui a botica é uma drogaria, cujo proprietário é leigo mas tem que contratar um farmacêutico e as farmácias são exclusivamente de farmacêuticos. Kamisaraki!!!”
"Puno, with its narrowstreets and hillsides, seems disorganized, but it is not. On one side is LakeTiticaca and on the other, the highway at the foot of the mountain. In thecenter the "Praça de armas”. The people of this city seem to be hardworking andbusy. We feel that the tourist is very respectful. They practice fair pricesand police surveillance is everywhere. Here we eat well and abundantly. Alpacais a constant dish in virtually every restaurant. And it is tasty! In thestreets we find many toritos and motocarros, which are tricycles made from amotorcycle. They use these small vehicles for everything: individualtransportation, taxi and cargo. In the lagoon port, we saw docked, dozens,maybe hundreds of passenger boats that are used to take the tourists to strollthrough the huge and highest navigable lake of the world, Titicaca, thatdivides Peru from Bolivia. We went by boat to visit the floating islands ofUros which are made of reed. These islands are 4 km far from Puno. Each islandhas a small community head of 4-5 families. The assembled structure is visiblymade for the tourist to see and feel what the conditions of life and thecraftsmanship of this people were. I have doubts if today they still live onthese floating islands .... The Peruvian people have strong racialcharacteristics. The men are low, strong and fat small and the low and fatwomen. Everyone has dark tan skin and black hair. White, blond and blue eyeshave not seen around here. Talking with a pharmaceutical colleague, I learnedthat the pharmacy here is a drugstore whose owner is a layman but has to hire apharmacist and pharmacies are exclusively from pharmacists. Kamisaraki!"
21/02/2018. Cuzco. "Como de costume quando chegamos numa cidade importante, fizemos um free walk tour pela cidade. O bom foi que não apareceu ninguém mais para fazer o tour e o guia então ficou somente para nós. Visitamos o centro histórico de Cusco, a capital do curto Império Inca(400 anos), mas que abrangeu uma enorme área territorial e uma grande população de varias etnias. Fiquei impressionado com as construções Incas, pois mesmo sem terem desenvolvido o ferro faziam construções de pedras poliédricas perfeitamente encaixadas e sem argamassa. As paredes externas dessas construções tem uma inclinação para dentro entre 10 a 15 graus para resistirem aos tremores de terra que assolam com frequência essa região.Todas as ruas, quando não são ladeiras tem um declive de 3° para melhor escoamento das águas. As construções espanholas foram construídas sobre as Incas e vê-se a diferença de tecnologia e robustez dos prédios. Quase todas as edificações dos espanhóis foram destruídas por terremotos e posteriormente restauradas, enquanto as Incas ainda estão lá.Sentimos no nosso guia, um legítimo cusqueno, um grande sentimento incanista(movimento de revalorização da cultura Inca). Ele não falava dos espanhóis apesar de também ser descendente deles. Paramos em uma loja que vendia chocolates e tivemos uma verdadeira aula sobre a produção e a característica de um bom chocolate depois passou por lojas de pisco e de artesanato que é muito utilizado pela população local. Cusco é uma cidade bastante turística e há apresentações culturais típicas por todos os cantos, como a musica de flauta.Ficar parado na Praça De Armas por se só já aguça o observador. É um verdadeiro cartão postal.”
"As usual when we arrived in an important city, we did a free walk tour through the city .The good thing was that no one else appeared to do the tour and the guide then stayed for only us.We visited the historical center of Cusco, the capital of the short Inca Empire (400 years), but which covered a huge territorial area and a large population of various ethnic groups, I was impressed with the Inca constructions, since even without having developed the iron they made constructions of polyhedral stones perfectly embedded and without mortar. of these constructions have an inward slope between 10 and 15 degrees to resist earthquakes that frequently devastate that region. All streets, when they are not slopes, have a slope of 3 ° for better drainage of the waters. on the Incas and we can see the difference of technology and robustness of the buildings. Almost all the buildings of the Spanish were destroyed. the Incas are still there. We feel in our guide, a legitimate Cusqueno, a great incanista feeling (movement of revaluation of the Inca culture). He did not speak of the Spaniards although he was also a descendant of them. We stopped at a store that sold chocolates and had a real lesson on the production and the characteristic of good chocolate then went through pisco shops and handicraft that is widely used by local people. Cusco is a very touristy city and there are cultural presentations typical of all the corners, like flute music. Staying in Praça De Armas by itself is already sharpening the observer. It is a real postcard. "
22/02/2018. Machu Picchu. "Contratamos um serviço de tour para nos levar a Machu Picchu. Foram nos buscar às 4:30h da madrugada e fomos numa van até a cidade de Ollantaytambo, distante uns 70 km de Cusco. Lá pegamos um trem muito bom até a cidade de Machu Picchu. Depois embarcamos num ônibus até o sítio histórico de lá. Ali o mundo se encontra! As ruínas do que outrora fora um local de estudo, pesquisa, educação e orações dos Incas, impressiona pela sua grandeza e engenhosidade. O guia nos explicou que os espanhóis jamais invadiram Machu Picchu, pois ela fora destruída por ordem dos próprios Incas, para que os espanhóis não conhecessem sua cultura e conhecimento. Não sei se é verdade ou lenda, mas tudo em Machu Picchu é cercado de incertezas e mistérios! Mas uma coisa é certa, Machu Picchu, atrai 4 milhões de turistas por ano. Depois de visitarmos o santuário de Machu Picchu fizemos o caminho inverso no trem, onde houve uma apresentação de dança folclórica de Cusco com o personagem Sajra que é um espécie de demônio. Depois da dança a tripulação do trem fez um desfile de roupas de alpaca para venda no próprio trem. Chegamos em Cusco já tarde da noite debaixo de chuva, mas assim mesmo, acidade encanta!”
"We hired a tour service to take us to Machu Picchu and they picked us up at 4:30 am and we went in a van to the city of Ollantaytambo, some 70 km from Cusco, where we took a very good train to the city of Machu The ruins of what used to be a place of study, research, education and prayers of the Incas, impresses with its greatness and ingenuity. the Spaniards never invaded Machu Picchu because it had been destroyed by order of the Incas themselves, so that the Spaniards did not know their culture and knowledge.I do not know if it is true or legend, but everything in Machu Picchu is surrounded by uncertainties and mysteries! Machu Picchu attracts 4 million tourists a year.When we visited the sanctuary of Machu Picchu we made the opposite way on the train, where there was a folk dance presentation of Cusco with the personag in Sajra who is a kind of demon. After the dance the train crew made a parade of alpaca clothes for sale on the train itself. We arrived in Cusco late at night under rain, but anyway, acidade enchants! "
27/02/2018. Cuzco - "Nossa intenção era chegar a Nazca, mas as distâncias nos Andes do Peru não são medidas em quilômetros e sim em tempo”. Apesar da distância Cusco - Nazca ser de 650 km o que daria normalmente para fazer em um dia de viagem só deu para chegar a Chalhuanca na metade do caminho, onde pernoitamos.
Essa estrada não tem uma reta, só curvas. Cansei de fazer curvas e se eu pensava que a estrada do Rastro da Serpente (SP) tinha curvas, ela é só o "aquecimento"para essa estrada aqui que passa da cota dos 4000 metros várias vezes e, é lógico que por várias vezes pegamos nevoeiros. Ao passarmos por Abancay, tivemos que ficar cerca de uma hora parados esperando o desfile de carnaval passar. Foi interessante ver como é o carnaval de uma cidade do interior peruano. Bem diferente do nosso! Numa parte do caminho tivemos que esperar um bom tempo, pois houve uma queda de uma encosta e os tratores estavam abrindo uma passagem. Nesse local conhecemos um mexicano, o Jorge, que estava também de moto passeando por essas paragens e já tinha "aproado" para o México. Novamente fomos empurrados para fora da estrada diversas vezes por veículos peruanos que vinham na contramão. O interessante é que eles viram o rosto para o lado para não verem os meus gestos de indignação e protesto! Finalmente chegamos a Chalhuanca, cidade que praticamente beira a carreteira e o rio. Jantamos pollo com papas fritas. Isso salva em qualquer lugar por aqui. A estrada continua só com curvas e pelo cume das montanhas andinas, ou seja, passamos por altitudes acima de 4.000 metros. A temperatura variou entre 5 a 16 graus centígrados. Aqui no Peru, diferentemente do Chile, moto não paga pedágio. Paramos para almoçar num pequeno restaurante para caminhoneiros,isolado no meio do nada, o frio estava grande! Tomamos uma sopa de carne de boi com milho e batata que levantou a nossa moral e aqueceu para retomada da estrada. Já estou me acostumando com essa mania irresponsável dos motoristas peruanos andarem na contramão, forçando a gente ir para o acostamento. Ao descermos os Andes para chegar a Nazca, pegamos uns 30 km de nevoeiro intenso, eu não conseguia enxergar mais de 10 metros à frente e foi muito tensa essa descida. Finalmente descemos sem nenhum acidente e com paisagens de montanhas desérticas lindas! Chegamos a Nazca já à noite e direto descansar do frio, nevoeiro e da tensão.”
Fotos: 000-2 Dream It, Do It. Uma volta ao mundo. América do Sul PARTE II |
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